NÃO VALE A PENA!

Acho o cúmulo do egoísmo, o que certos homens, na verdade a maioria, no que se refere a esposa ou namorada na hora em que ela fica doente. São vários os relatos de homens que simplesmente “viram a cara” com a dor alheia. Este final de semana fiquei resfriada, coisa que me acontece cerca de duas vezes ao ano, graças a Deus, mas enfim, meu excelentíssimo deu pra “engrossar” o relacionamento.
Não é de hoje que vejo essa indiferença nele quando me sinto debilitada, querendo um pouco mais de atenção, de carinho, afinal sempre um agrado é bem vindo, quanto mais quando não estamos nos sentido bem...
O meu marido é daqueles que me ajuda em tudo, isso é raro, eu sei, e sei também que sou privilegiada com este tipo de atitude. Porém, nesse último fim de semana, como eu estava resfriada, o que levei foi um belo pontapé no traseiro... nenhuma ajuda, em nada e sabe porque? Sabe porque?... simplesmente porque quando não estamos bem não podemos DAR também... depois somos nós mulheres que quando estamos chateadas já é motivo de chacota de que “somos mal-amadas” (ou mal-comidas, como preferir).
Isso não é só comigo que acontece, tenho que confessar, são várias amigas e relatos diversos de outras mulheres que são abandonadas na hora da doença. Quando os nossos amados não estão bem, nada nos custa trata-los com dengos como chazinhos e sopinhas... (e olha, um resfriado qualquer ficam um chorões!) porém quando acontece o contrário, são raras as vezes em que um homem abre mão de sua vida para se dedicar a de uma mulher, a mesma que por vezes ele disse que amava e a queria para sempre (geralmente na horizontal), a mesma mulher, que perante um altar, em nome de Deus, jurou ama-la na saúde e na doença. Quem não conhece uma história de uma mulher que cuidou do marido que se acidentou, ou teve uma doença que o deixou inválido até a morte? Agora me conte, quantos homens fizeram o mesmo??? Poucos, poucos mesmo, pois todos logo acham de “devolve-la” aos pais, e rapidinho arranjar uma nova família... a vida não para, eles dizem, mas não vêem que para a mulher que dedica sua vida a do marido também não parou...
Como o amor pode ser tão diferente para dois seres? Como pode a gente abrir mão de tanta coisa, até da própria vida, por um amor... Não é certo, eu sei, a errada sou eu que abri mão de tudo e me deixei dominar, e hoje passo pela submissão de dar satisfação desde a meia que visto a cor do cabelo que pinto... não sejam assim, amigas, não se deixem dominar, não vale a pena!

Beijos resfriados a todos

Pink